22/11/2009

HQ - "Sexplicações sem complicações''




   A sexualidade, entendida a partir de uma visão mais ampla e abrangente, sempre teve uma influência importante em todas as manifestações da vida do ser humano.No entanto, durante a maior parte da história da humanidade, essa influência foi negada, especialmente entre todos os povos ligados às tradições judaico-cristãs. O fato mais curioso é que na tradição bíblica mais antiga (aproximadamente 950 a.C.) não existe nenhum desprezo pela natureza sexual do homem.
   O século XX assistiu mudanças importantes, no que se refere aos padrões de enfoque da sexualidade e dos comportamentos sexuais. Embora ainda exista repressão, de maneira geral, a sexualidade vem sendo gradativamente melhor compreendida. Grande parte dessa mudança é devida à divulgação das idéias de Freud, que pela primeira vez afirmou a existência da sexualidade na infância, correlacionando-a com as fases de desenvolvimento da criança. Suas declarações foram muito contestadas pela sociedade da época (1897) que relacionava a ausência da sexualidade à pureza e inocência.Podemos afirmar que a sexualidade do ser humano envolve o conjunto de fenômenos de sua vida sexual e não apenas seus órgãos genitais. A sexualidade de uma criança está relacionada ao seu prazer, e esse prazer pode estar localizado em diferentes partes de seu corpo.
   No aspecto social em que o grupo retratou na história em quadrinhos acima, propomos que você leitor, venha fazer uma análise da representação e de um possível motivo: "Por que cada vez mais a vida sexual se inicia mais cedo?''. Esta sem dúvida é uma pergunta de várias respostas, mas sem dúvida também é um questionamento válido para que venhamos a ter uma reflexão sobre se estamos lidando com o sexo ou a sexualidade de fato. O sexo é contato íntimo, a sexualidade é uma característica inata a todo ser humano.
   Em nossas pesquisas realizadas observamos que o meio social prega, vende, gosta e dissemina a idéia dos conteúdos sexuais na nossa vida a todo momento, mas também ao mesmo tempo, reprime e individualiza nas esferas mais distantes o auto-conhecimento da sexualidade de cada um. Assim, a sociedade só valoriza o sexo e julga tudo aquilo que crie uma fuga deste foco, como uma característica que foge do padrão (é por isso que gera preconceito com as diversidades sexuais, valores morais e éticos também). 
   Se todos talvez tivessem senso crítico para não aderir á reprodução desses valores sociais errôneos e preconceituosos, o meio de interação social estaria mais aberto a alteridade e poderia vir a ter mais respeito e valores humanizados referentes a aceitação e convívio com Ser-Humano em geral.

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